Há poucas semanas, a Dior Couture lançou seu primeiro filtro de realidade aumentada, na câmera do Facebook. A ideia é apresentar para todos os fãs da Maison, o novo Diorcolorquake, óculos de sol lançado durante […]
Há poucas semanas, a Dior Couture lançou seu primeiro filtro de realidade aumentada, na câmera do Facebook. A ideia é apresentar para todos os fãs da Maison, o novo Diorcolorquake, óculos de sol lançado durante a semana de moda de Paris. Desenvolvido pelo estúdio de conteúdo criativo The Mills, em parceria com a equipe do Facebook, essa experiência permite que os usuários mergulhem no universo da marca, através do recurso tap to quake, que permite experimentar em tempo real os novos óculos de sol Diorcolorquake, em cinco cores diferentes.
Ao posicionar a câmera na posição selfie, o usuário pode escolher uma das armações, coordenadas com fundos de tela que lembram “o decor do desfile, da flagshipstore da Dior em Paris, slogans de protestos e conscientização que capturam a energia dos youthquake, a revolução promovida por jovens na década de 60 e que inspirou a nova coleção da Maison”.
Essa iniciativa ilustra a forma como a tecnologia da realidade virtual, entre outras, modifica a experiência das pessoas. Seja no ramo da moda ou no mercado cosmético – em quase todos os setores –, esse tipo de recurso traz às marcas mais e diferentes possibilidades de exposição e interatividade com seus públicos.
Destaque em eventos – Em recente evento comercial do setor cosmético realizado em São Paulo, a Wheaton, empresa especializada no mercado de embalagens, levou ao seu estande recursos de realidade virtual para promover suas novidades apresentadas na feira.
A ideia, inclusive, pode ser aplicada por fabricantes do setor cosmético no ponto de venda, para oferecer aos consumidores uma experiência mais completa e interativa com seus produtos.
A tecnologia, segundo ressaltou a fornecedora, pode potencializar a função do rótulo e da embalagem, ampliando o leque de informações para o consumidor em ambientes de varejo.
“Como já acontece no mercado de vinhos e também em perfumarias, por meio de aplicativos que ampliam a experiência do comprador”, destacou uma executiva da empresa que apresentava os lançamentos a clientes e visitantes.
“Para completar a experiência da consumidora, lançamos o Style My Hair App, que, por meio da realidade aumentada, permite à cliente ver como ficará o seu cabelo com diferentes nuances”, diz Alessandra Valença, diretora de L’Oréal Professionnel. Essa tecnologia 3D é baseada em inteligência artificial e está disponível para em aplicativo para download em smartphones.
A aplicação permite ‘experimentar’, testar virtualmente uma quantidade quase ilimitada de colorações capilares, desde o sofisticado castanho cinza ao púrpura-escuro, graças à realidade aumentada. Essa experiência “espantosamente realista”, como descreve a marca, recorre a uma tecnologia de ponta da Modiface, que é baseada na inteligência artificial e é exclusiva da L’Oréal Professionnel.
A marca afirma que foram 10 anos de pesquisa sobre simulação facial e capilar para chegar a esta tecnologia de ponta em 3D que analisa cada fio de cabelo para apresentar os resultados mais realistas em todos os tipos e estruturas de cabelo.
Dentro das empresas – A tecnologia da realidade virtual está presente também dentro das empresas. No início do semestre, a Unilever Brasil inaugurou a sua nova sede, localizada no bairro Brooklin Paulista, zona sul de São Paulo. Com nove andares, distribuídos em 13 mil metros quadrados, e capacidade para acomodar até 1.500 pessoas.
O local é repleto de ambientes que estimulam trabalho colaborativo e criatividade, mas o destaque mesmo fica por conta da Garagem de Inovação, espaço projetado para acelerar a agenda de transformação e que disponibiliza tecnologias como impressoras 3D e óculos de realidade virtual, entre outros gadgets.
Os equipamentos ficam à disposição de todos os funcionários, que promoverão o pensamento criativo, estimulando o mindset de experimentação. Dessa iniciativa, certamente nascerão ideias multiplicáveis ao mercado consumidor.
O uso de novas tecnologias como a realidade virtual pode ir muito além do simples entretenimento. Isso é o que garante a Solvay ao utilizar esse recurso no desenvolvimento de novas soluções na área de solventes oxigenados, que são produtos aplicados em uma ampla variedade de mercados, como tintas e vernizes, madeira, couro, cosméticos, farmacêutico, automotivo e embalagens.
Engajamento com consumidor – O estudo Commerce 2040 da Euromonitor mostra como a tecnologia revolucionária aumentará o engajamento do consumidor. Uma das previsões aponta o lar como ambiente que deverá ser impactado.
De acordo com a empresa, a casa do futuro será ainda mais personalizada do que é hoje, identificará cada ocupante ao entrar na própria casa, bem como em cada quarto. “A tecnologia ajudará a educar e capacitar os consumidores a assumir o controle, além de fornecer soluções digitais personalizadas de saúde e beleza, por exemplo. Espelhos conectados ajudarão as pessoas a se vestirem e se produzirem para cada ocasião, oferecendo sugestões para incrementar a aparência e o look.”
Cada ambiente contará com ferramentas apropriadas. O banheiro por exemplo. “Um espelho conectado servirá como estilista pessoal, canal de compra e ferramenta de compartilhamento social. Estilista pessoal virtual dará recomendações ao morador com base no guarda-roupa atual, clima e atividades para o dia. Marcas poderão sugerir acessórios para finalizar o visual ou possibilitar aos consumidores a experimentar um tom diferente de maquiagem virtualmente.”
No ambiente de compras, a tecnologia também deve gerar resultado diferenciado, segundo aponta o estudo. Globalmente, de acordo com o levantamento da Euromonitor, 47% dos consumidores querem “ver ou experimentar antes de comprar”. Essa pode ser a principal motivação para comprar.
Como conclusão do estudo, a Euromonitor estima que os avanços tecnológicos, daqui a 20 anos, redefinirão ainda mais o que significa viver, trabalhar e comprar. “A multiplicidade de tecnologias provavelmente será esmagadora”, aponta.
Um destaque é a previsão de que “marcas disruptivas irão além, criando uma experiência única e emocionante para seus consumidores”. E a sua, já começou?
Fonte: Redação Revista H&C